terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ensino Superior: as novas políticas no século XXI, visão dos estudantes e exigências do mercado de trabalho

Ensino Superior: as novas políticas no século XXI, visão dos estudantes e exigências do mercado de trabalho.

Dalma Valéria Alves Anelli

Elisângela Ferreira

Joana Gláucia dos Santos

Resumo: O ensino superior é, em qualquer sociedade, um dos motores do desenvolvimento, social, político e, ao mesmo tempo, um dos pólos da educação ao longo da vida. É, simultaneamente, depositário e criador do conhecimento. Por outro lado, é o instrumento principal de transmissão da experiência cultural e científica acumulada pela humanidade. Num mundo em que os recursos cognitivos, enquanto, fatores de desenvolvimento tornam-se mais importantes do que os recursos materiais, a relevância do ensino superior e de suas instituições será cada vez maior, mas o que o sistema, alunos, professores e sociedade demonstram não valorizar muito esse nível de educação tão relevante no cotidiano. Além disso, o meio profissional exige cada vez mais dos educadores habilitados no ensino superior, o objetivo desse trabalho é mostrar a realidade do ensino de terceiro grau desde seu princípio até os dias de hoje, notando como anda a educação superior, suas atribuição, competências, leis, expectativas para o mundo do trabalho, a visão dos estudantes e as políticas no século XXI.

Palavras-Chaves: ensino superior, políticas, alunos, professores, mundo do trabalho.

Introdução
O presente trabalho abordará temas relevantes durante o decorrer do Ensino Superior e seu desenvolvimento social, desde o seu surgimento até os dias atuais, mostrando como se encontra diante da visão dos educandos e o mundo do trabalho, abordando traços significativos para todos aqueles que acham necessário conhecer as expectativas e peculiaridades apontadas no Ensino de terceiro grau.
Nota-se que é importante abranger o assunto tanto para a linguagem dos formandos, como também para os educadores que lecionam nessa área, para que assim cada um saiba como anda o seu posto diante da sociedade, apontando falhas, acertos, objetivos políticos e determinações legais (lei), diante de uma realidade que visa camuflar diversas situações sociais, necessárias estas para o conhecimentos de todos que adotam compreender esta área tão rica e grandiosa do conhecimento.
Um dos objetivos principais aqui é salientar de modo geral, como o Ensino Superior está sendo visado na sociedade e se, seu papel como o de ser uma instituição que tem como finalidade transparecer o cognitivo de seus assistentes, que prepara-se para um aprendizado com essencial enriquecimento, estar realmente apto para tal tarefa.


1. Breve Histórico do Ensino Superior: Desde sua iniciativa no Brasil até os dias atuais.

As primeiras escolas de ensino superior no Brasil surgem por volta de 1808, com a vinda da família real para o Brasil. O ensino superior desenvolvia-se muito lentamente em 1889 até a Proclamação da República (governo que é escolhido para presidente do povo, para ser chefe do país), este foi um episódio na História do Brasil, o que instaurou o regime republicano derrubando a Monarquia (forma de governo em que o indivíduo governa como chefe de Estado) e o Imperador D. Pedro II. (Estrutura e Funcionamento do Ensino Superior Brasileiro, de Paulo Nathanael P. Souza - Pioneira Ciências Sociais).
Nessa época preocupava-se muito com a formação dos profissionais liberais em faculdades isoladas, e visava assegurar um diploma para que obtivessem privilégios no mercado de trabalho e prestígios sociais, sendo assim sempre voltado para a classe elitizada, ressalta Nathanael Souza em seu artigo (A História do Ensino Superior).
Souza (1979, p.120) em sua obra “Estrutura e Funcionamento do Ensino Superior Brasileiro” conceitua:
O real significado do termo ‘Ensino Superior’ vai muito além do de ensino de terceiro grau, como ficou popularizado principalmente após as reformas das décadas de 60 e 70. O saber superior deve ser adquirido mediante o uso de codificações, sistemas, modelos e símbolos da semântica científica e, por isso, foge à praticidade do dia-a-dia e se reserva aos que disponham de condições especiais para abordá-lo. Por isso, nessa época era um ensino, por natureza, elitista, para uma minoria capacitada intelectual e culturalmente e não no sentido trivial de pessoas sócio-economicamente bem postas na comunidade.


Sete décadas depois (1808-1882) não houve grandes mudanças vantajosas quanto ao ensino superior.
Segundo Souza 1979 até o final do século XIX existiam apenas 24 estabelecimentos de ensino superior no Brasil com apenas 10.000 estudantes. Com auxílio legal da Constituição da República (1891) a iniciativa privada consegue criar seus próprios estabelecimentos de ensino superior. Nesse mesmo período o Brasil teve a idéia de instruir, granjear universidades, mas tal idéia não foi muito aplaudida.
Na década de 1920 o debate sobre a criação de universidades não se restringia mais a questões estritamente políticas. Foi com base nesse debate que o governo provisório de Getúlio Vargas promoveu (1931) ampla reforma educacional, autorizando e regulamentando o funcionamento das universidades (SOUZA, 1979).
Mesmo com esse grande avanço educacional, não houve atendimento a principal bandeira do movimento, pois, não ocorreu exclusividade pública ao ensino superior, sendo também que este se focava em instituições com funcionamento em lugares isolados.
Em 1945-1968 com a protestação e a mobilização de jovens e profissionais da educação, as universidades ganha mais perspectiva. (SOUZA, 1979).
Em 1933 que a educação superior começou a crescer, em 1960 esse índice subiu muito para o setor privado, por meio de 1969 a quantidade de alunos no ensino superior privado sobrou perante os estudantes de ensino superior público e crescendo ainda mais entre 1980. (SOUZA, 1979).
Ao contrário do que se esperava a atividade intensa do setor privado à custa de lucro e qualidade, apesar das exigências atribuídas ao modelo de ensino superior, poucas foram às universidades que conseguiram estabelecer o padrão exigido. De tal forma que houve desigualdade ou mesmo irregularidade do que condiciona o órgão regulado MEC, estimulando a falsidade ou o cumprimento formal de normas. No ano de 1980 houve uma redução a demanda para o ensino superior devido a saídas e delongas de alunos do ensino médio.
Já em 1990 a disputa para uma vaga no nível superior ficou muito concorrida.
Entre o século XX e XXI é importante ressaltar a desmistificação de que as universidades e faculdades privadas são para os menos favorecidos, ou menos capazes até porque hoje temos programas que oferecem oportunidades para todos, porém, mostram-se algumas instituições de ensino superior privada e pública hoje, uma grande defasagem quanto às exigências realmente atribuídas pelo órgão MEC, como: irregularidades no currículo das instituições, desrespeito com o tratamento dos professores que trabalham nas instituições, exigências da LDB para que se tenha no corpo docente um terço de doutores e mestres lecionando, atrasos de salários, entre outros. O ensino no Brasil atravessa uma crise muito grande de qualidade.
A ação do Ministério da Educação (MEC) tem que se tornar cada vez mais presente para impedir que instituições que usam de “má fé”, sem cumprir realmente o que é imposto por lei se tornem como proprietários e exploradores do setor de educação, baixando a qualidade dos graduandos e graduados nestes setores e pondo em dificuldade o desenvolvimento do país.

2. Educação Superior e suas propostas legais

Com objetivo de prover soluções para os desafios nas quais a Educação Superior enfrenta e de colocar em movimento um processo de profunda reforma na educação mundial, a UNESCO, convocou a Conferência Mundial sobre a Educação Superior no século XXI, com o tema Visão e Ação, realizada em Paris no ano de 1995, abordando os seguintes temas: direito à educação superior, pilares fundamentais da educação de terceiro grau, valores e ideais na educação. (UNESCO, 1998 p. 20).
Toda pessoa tem direito à educação. O ensino superior deverá ser igualmente acessível a todos no respectivo mérito, tornar a educação superior igualmente acessível a todos segundo sua capacidade individual, ou seja, a cidadão tendo capacidades cognitivas de inserir-se em um meio acadêmico a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Convenção contra Discriminação em Educação estabelece e defende total acesso a isenção do jovem, adulto ao iniciar seus estudos frente ao terceiro grau de ensino.
Conforme o documento da UNESCO (1998, p. 20).

A educação é um dos pilares fundamentais dos direitos humanos da democracia, do desenvolvimento sustentável e da paz, e que, portanto, deve ser acessível a todos no decorrer da vida, assegurar a coordenação e cooperação entre os diversos setores e dentro de cada um deles e, em particular, entre a educação em geral, técnica, profissional, assim como faculdades e universidades, escolas e instituições técnicas.

Em face desse estado dos fatos, se faz importante fortalecer a consciência sobre a urgência da tarefa de tornar acessível a todos os cidadãos o direito à educação de qualidade, a fim de fortalecer os direitos humanos da democracia vigente. Mobilizando-se em favor da paz e da não-violência, as quais devem tornar-se realidade cotidiana para todos. De acordo com o documento da UNESCO (1998, p. 20).

A solução dos problemas que surgem no liminar do século XXI será determinada por uma grande perspectiva frente à sociedade e pela função social e integral que se determine na educação e em geral a educação superior em particular.

A preocupação deve ser a de facilitar o acesso a uma educação geral ampla, no sentido do componente crucial de defender e desenvolver suas funções fundamentais, dominando todas as suas respectivas atividades cumprindo as exigências da ética e do rigor científico e intelectual, participando inteiramente no desenvolvimento de suas sociedades. Segundo o documento da UNESCO (1998, p. 20) “A educação superior deve fazer prevalecer os valores e ideais de uma cultura de paz.” Ou seja, é necessário aplica-lá, desenvolvê-la e colocá-la em prática no dia-a-dia. É um processo sem fim. Conforme o documento da UNESCO (1998, p. 20)

A transformação e expansão substancial da educação superior, a melhoria de sua qualidade e pertinência, e a maneira de resolver as principais dificuldades que afligem exigem a firme participação não só de governos e instituições de educação superior, mas também de todas as partes interessadas, incluindo estudantes e suas famílias, professores, o mundo dos negócios e a indústria, os setores públicos e privados da economia, os parlamentos os meios de comunicação, a comunidade, as associações profissionais e a sociedade, exigindo igualmente que as instituições de educação superior assumam maiores responsabilidades para com a sociedade e prestem contas sobre a utilização dos recursos públicos e privados, nacionais e internacionais.
A luta pela transformação e melhoria na educação superior é de responsabilidade de toda humanidade, sendo assim todos deverá se esforçar por essa modificação para que o ensino superior cumpra com suas reais responsabilidades para com a sociedade. Conforme o documento da UNESCO (1998, p. 20).

Os sistemas de educação superior devem aumentar sua capacidade para viver em meio á incerteza, para mudar e provocar mudanças, para atender às necessidades sociais e promover a solidariedade e a igualdade; devem preservar e exercer o rigor científico e a originalidade, em um espírito de imparcialidade, como condição prévia básica para atingir e manter um nível indispensável de qualidade.

O ensino superior tem como elemento principal o de oferecer a exatidão do conhecimento cientifico, agenciando um nível imprescindível de educação de qualidade, assim ocorrerão as mudanças necessárias em todos os aspectos de condições de avanço na sociedade mundial.

Flávio Arns senador que fez a apresentação da LDB descreveu os princípios na qual a Lei de Diretrizes e Bases designa-se, visando à melhoria ética e social como um todo para a educação.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), publicada em dezembro de1996, reflete a política e o planejamento educacional do nosso país, pautando-se nos princípios de igualdade, liberdade e nos ideais da solidariedade humana, a LDB visa promover o desenvolvimento do educando, o exercício da cidadania e a qualificação para trabalho. (SOUZA, 1998)
Um dos relevantes objetivos da LDB é que todos contribuam para fazê-la vigorar em todos os seus propósitos, tratando-se disso o Ensino Superior tem por finalidade estimular a criação cultural, incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, promover a divulgação dos conhecimentos culturais, científicos e técnicos.
Ressalta-se ainda que a LDB estipula o fato das instituições informarem aos interessados, (educandos) antes de cada período letivo, os programas dos cursos e demais componentes curriculares, sua duração, requisitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de avaliação, obrigando-se a cumprir as respectivas condições.

3. Novas Políticas de Cooperação para a educação no século XXI

O objetivo de se criar uma nova política de cooperação para o ensino superior pressupõe-se que, facilitará e ajudará o trabalho para o desenvolvimento educacional, então se apresentarão alguns fatores que seria de grande relevância trabalhar na politicagem educacional superior para convalescer um desenvolvimento sustentável pródigo.
Conforme Silvano (1998, p. 51) “Estabelecer uma relação de eficácia entre cursos aplicados e produtividade do sistema escolar, atuar sobre o processo escolar em nível de microssistema, no sentido de melhorar conteúdos, métodos e técnicas de ensino” .
Partindo do pressuposto de desenvolvimento de novas políticas de cooperação, a UNESCO junto a Conferência Nacional de Ensino Superior começaram a conhecer os dois termos que prevalecem sobre esse subtítulo, o primeiro é a pertinência, ou seja, caráter do que é pertinente, apropriado, referente, próprio, e o segundo é a qualidade, que quer dizer, virtude, mérito. Almejando o melhoramento e enriquecimento das políticas educacionais junto às propostas de enriquecimento educacional.

A pertinência do ensino superior deve ser essencialmente concebida em funções de seu papel e seu lugar na sociedade, de sua missão de educação, pesquisa e prestação dos serviços que dela decorrem, assim como de seus laços com o mundo do trabalho, no sentido mais amplo, de suas relações com o Estado e as fontes de financiamento públicas e de suas interações com os outros graus e formas de ensino, ser pertinente é: ir ao encontro dos políticos, de forma que as necessidades de desenvolvimento do país e das regiões sejam colocadas no centro da visão política e das prioridades de ação; ir ao encontro do mundo do trabalho, para que este possa contribuir, através de suas missões, para enfrentar as mudanças, prevê-las, desenvolver um espírito empreendedor; ir ao encontro dos outros níveis do sistema educativo, de tal maneira que se crie um verdadeiro valor educativo; ir ao encontro de cultura e das culturas, de tal maneira que as heranças culturais sejam preservadas, disseminadas e frutificadas; ir ao encontro dos estudantes e dos professores, de tal maneira que esses sejam considerados pessoas em formação, que devem ser admirados segundo os princípios da equidade e do mérito. (UNESCO, 1998 p. 103).

A atribuição do ensino superior deve ser analisada primeiramente em desempenho de seu papel e seu lugar na sociedade, de sua missão em matéria de educação, da pesquisa e dos serviços que dela decorrem, assim como em função de seus laços com o mundo do trabalho no sentido mais extenso, de suas relações com o Estado e as fontes de financiamentos públicas, valorizando as culturas e preservando-as. Ainda segundo a UNESCO, (1998, p. 103).

A qualidade é inseparável da pertinência social. A exigência da qualidade e de políticas que busquem assegurar qualidade exige que se procure melhorar simultaneamente cada um dos componentes de ensino que estejam desassociados a uma educação estável, que funcione como um sistema coerente. Qualidade do pessoal, reduzir as desigualdades dentro das instituições, assegurar as formações continuadas; qualidade dos programas que contribuem para o currículo e formação profissional dos alunos, qualidade dos estudantes do ensino superior (capacidades e motivação); qualidade na gestão da instituição como um todo coordenado e coerente, em estreita interação com o ambiente, porque a instituição de ensino superior não pode ser uma ilha fechada em si própria. (UNESCO, 1998 p. 103).

Promover uma educação de qualidade é benefício de toda sociedade, buscar formas de reduzir a desigualdade social é melhorar simultaneamente os problemas que infamam a humanidade, capacitar e motivar estudantes e profissionais contribuirá para esse devido processo, que é de interesse de conferencias mundial.


4. Ensino Superior e às exigências no mercado do trabalho

O ensino superior tem a pretensão de preparar o educando para o mercado de trabalho especializado. É impar questionar se as pessoas, que saem de uma faculdade/universidade estão preparados para o mundo do trabalho, para todas as exigências atribuídas? Seria fato dizer que o mercado hoje está mais competidor, e exigente, porém, enquadram-se aqueles que tiverem mais responsabilidade em assumir e também aquele que tiver um currículo digno, pois, nota-se que os que não estão assumindo uma inteira participação quanto a essas exigências, não se enquadram, a não por uma “mãozinha”.
Mas o que está em questão aqui são como essas pessoas estão saindo da faculdade/universidade para o mundo trabalhista, nota-se que a bagagem que muitos têm é de uma mera teoria às vezes bem estudada, outras como dizem o popular “feito nas coxas” e que muitas vezes na prática não são tão bem estipuladas ou utilizadas.
Então em razão disso cabe sim todos buscarem enquanto estudantes seu progresso e claramente pós formados continuarem a crescer cognitivamente, intelectualmente, para que não se confrontem com uma dificuldade tão aguçada, frente a tantas exigências estipuladas.
Portanto, Morin (2001, p. 11), propõe um "ensino educativo", enfatizando que "a missão do ensino é transmitir não o mero saber, mas uma cultura que permita compreender nossa condição e nos ajude a viver, e que favoreça, ao mesmo tempo, um modo de pensar aberto e livre".
Seria possível dizer que o papel do ensino superior é dar a base e o preparo para uma boa qualificação profissional, e preparar os educandos através de experiências que cada curso suporta, chamado os famosos estágios, mas não cabe só isso, veja que é necessário continuar um crescimento educacional, para que assim, não passam os recém formados, ou até mesmo os já formados há algum tempo por tantas dificuldades estipuladas no mercado do trabalho. Responder as exigências, é algo pessoal que cada um irá responder por si próprio, saberão quando realmente forem atrás e verem o que de proveitoso e satisfatório absorveram em seus cursos, cabe a cada um correr atrás do que realmente se busca.

5. A visão dos estudantes no Ensino Superior

O Diretor Geral da UNESCO, Federico Mayor (1998), trouxe um paralelo de como os estudantes de diversos lugares no país estão vendo e se posicionando com relação ao ensino superior, com esse intuito, desenvolveu-se uma abordagem para que os alunos opinassem e discutissem uma nova perspectiva sobre o desenvolvimento do Ensino Superior.
Os debates estudantis concentraram-se em três questões simples, mas fundamentais, tais como o porquê que os alunos entram no ensino superior; o que eles aprendem e como esse saber é adquirido. A reflexão que fizeram no decorrer desse estudo ressalta-se um certo número de preocupações profundas, entre as quais a mais urgente é a necessidade de encontrar um equilíbrio correto entre educação e formação. Essa necessidade se relaciona não somente com o conteúdo de seus estudos, mas também com a qualidade de seus professores, a capacidade dos sistemas e estabelecimentos de responder às necessidades educativas, os valores sociais e pessoais incentivando no decorrer do processo de aprendizagem.
“Os estudantes mostram-se plenamente conscientes dos principais problemas desse setor hoje e de sua complexidade. Compreendendo plenamente a dificuldade de formular soluções, chama a atenção para a defasagem existente, no contexto de seus estudos, entre as aspirações e a realidade que enfrenta”. (UNESCO, 1998 p. 462).
Por outro lado, os estudantes admitem que vivemos em uma sociedade ávida de conhecimentos. Registram que os responsáveis pelas políticas educativas no mundo devem rever sua abordagem em face de uma nova ordem social, na qual a produção e a disponibilização dos conhecimentos e das habilidades sofreram mudanças radicais.

Considerações Finais

O ensino superior desde sua criação não foi muito aplaudido. Como ressalta (Souza, 1979). Foram necessários grandes esforços e lutas para o seu reconhecimento e utilização popular, pois, vários protestos foram realizados para que se obtivesse a democratização do ensino de terceiro grau.
Hoje grandes portas se abriram para o acesso a essa grande riqueza do conhecimento, como, PROUNI, Programa Universidade para Todos tem como finalidade a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e seqüenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. Criado pelo Governo Federal em 2004 e institucionalizado pela Lei nº 11.096, em 13 de janeiro de 2005, ele oferece, em contrapartida, isenção de alguns tributos àquelas instituições de ensino que aderem ao Programa. ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e sua utilização como forma de seleção unificada nos processos seletivos das universidades públicas federais entre outros, porém, observa-se que o ensino superior está com determinadas defasagens, tais como, profissionais e alunos desmotivados, instituições falindo, má estrutura da instituição exigida pelo MEC, má administração.
Com tantas leis, atribuições que nos auxiliam hoje a ter uma boa condição de um ensino competente, porque tanta discrepância? Seria o caso de rever se realmente o problema é o sistema, ou se são realmente os profissionais da educação que sempre arrumam desculpas para queixar-se algo, ou então são os educandos que realmente não querem assumir suas responsabilidades.
Mas nota-se que obstáculos existem há vários anos, e ao invés de melhorar, de progredir, ou até mesmo estagnar, estão piorando, regredindo.
Seria à hora de não ficar pensando em como poderia ser melhor, mas sim à hora de cada um olhar para si, e questionar o que o próprio deve melhorar, e não ficar jogando a “culpa” um no outro.
É típico de brasileiro achar sempre algo errado em tudo, com certeza na educação superior não seria diferente, mas todos nós já estamos fartos, imersos de conversar paralelas sem resoluções, que não saem do papel, de teorias e de regras que não são cumpridas.
O tempo está passando, melhoras não estão acontecendo e o ensino caindo, então é a hora de cada um apontar para si mesmo e se caso conseguir pessoas probas com seus princípios e lutarem juntos com seus ideais, pois, ideais sim valem a pena, conversas alheias desmerecem os valores íntegros.
Corra então cada um atrás de seus objetivos e do seu melhor, partindo do ponto que se ficar dependendo de um sistema falho, hipócrita realmente muito pouco será absorvido. Propostas, metodologias, técnicas, cursos, teorias, e meios se buscam, mas a prática é o exercício bem empregado.











Referências

www.mec.gov.br
http://www.scielo.br/pdf/abc/v1753//5255.pdf
http://www.universia.com.br/material/imprimir.jsp?id=23
SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de. Desafios Educacionais Brasileiros. São Paulo: PIONEIRA, 1979. 120 a 126 p. (Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais ; Educação).
Cunha, D, Cunha - UNESCO; Mello, D. M. Dalva - CRUB; Garcia, A. H. Maria – CRUB; Projeto e Coordenação Editoral. Wethein, Jorge – Representante; UNESCO Brasil. Fonteles, C. Monassés – Vive-Presidente, Gomes, A. Paulo – Presidente; Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras. Tendências da Educação Superior para o século XXI. 2.ed. UNESCO, 1998.
MORIN, Edgar. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Tradução Eloá Jacobina. 5 ed., Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
SILVEIRA, L. Lucimar. Metodologia do Ensino Superior. 6 ed. Lavras: MG UFLA/FAEPE, 1998.

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